A sensação de dever cumprido resume o fim da maratona que foi a 49ª edição da Francal. Agora é focar na 50ª, número recorde para eventos desta natureza. Confira!
1. É fato que o mercado internacional vem salvando a indústria calçadista nacional. Você acredita que a Francal cumpriu seu papel de oportunizar essa aproximação?
O calçado brasileiro tem o DNA da exportação. Por várias razões, perdemos este mercado, por políticas cambiais extremamente nocivas, mas nunca deixamos de exportar. Nestes primeiros cinco meses do ano, já faturamos 20% mais do que igual período em 2016. Isso mostra que o Brasil está retomando o lugar que sempre foi dele, terceiro maior fabricante de calçados do mundo, mas também um exportador potencial, hoje para mais de 160 países.
E a Francal, com sua visibilidade no mundo inteiro e investimento junto a importadores, conseguiu potencializar o resultado dos expositores que trabalham com estes mercados. O que nos deixa mais confiantes é que se deu o start à temporada e as possibilidades para o futuro são ainda melhores.
2. O resultado para fabricantes focados no mercado interno, qual o feedback?
O mercado interno também dá sinais de recuperação. Acredito que o desapego que o empresário brasileiro está conseguindo ter do cenário político está ajudando. Juros caindo, inflação caindo, PIB positivo para o ano que vem, esses sinais valorizam o esforço do empresariado.
3. Fazer 50 anos é um número muito significativo. O que esperar das bodas de ouro?
Talvez a Francal seja a feira mais antiga do setor de calçados no mundo. A China tem feiras de 20, 30 anos. Na Alemanha, existia a GDS, que terminou. Na Itália, a theMicam tem 84 edições, mas duas ao ano. Talvez a Francal e a Couromoda sejam as mais antigas do mundo. Mas temos de ser como vinho, quanto mais tempo de mercado, melhores temos de nos tornar.