3 perguntas para Abdala Jamil Abdala

27.07.2017 - Roberta Pschichholz

Foto: Leonardo Gali Abdala Jamil Abdala
Abdala Jamil Abdala
Fazer uma feira com 500 expositores, de programação intensa que inclui painel de debate com grandes industriais, desfiles, fast talks, entrega de prêmios e ainda estar disponível praticamente 12 horas ao longo de quatro dias de evento não é tarefa fácil. Mas Abdala Jamil Abdala encara o desafio sempre com sorriso no rosto e disposto a ouvir e ser ouvido.

A sensação de dever cumprido resume o fim da maratona que foi a 49ª edição da Francal. Agora é focar na 50ª, número recorde para eventos desta natureza. Confira!

1. É fato que o mercado internacional vem salvando a indústria calçadista nacional. Você acredita que a Francal cumpriu seu papel de oportunizar essa aproximação?

O calçado brasileiro tem o DNA da exportação. Por várias razões, perdemos este mercado, por políticas cambiais extremamente nocivas, mas nunca deixamos de exportar. Nestes primeiros cinco meses do ano, já faturamos 20% mais do que igual período em 2016. Isso mostra que o Brasil está retomando o lugar que sempre foi dele, terceiro maior fabricante de calçados do mundo, mas também um exportador potencial, hoje para mais de 160 países.

E a Francal, com sua visibilidade no mundo inteiro e investimento junto a importadores, conseguiu potencializar o resultado dos expositores que trabalham com estes mercados. O que nos deixa mais confiantes é que se deu o start à temporada e as possibilidades para o futuro são ainda melhores.

2. O resultado para fabricantes focados no mercado interno, qual o feedback?

O mercado interno também dá sinais de recuperação. Acredito que o desapego que o empresário brasileiro está conseguindo ter do cenário político está ajudando. Juros caindo, inflação caindo, PIB positivo para o ano que vem, esses sinais valorizam o esforço do empresariado.

3. Fazer 50 anos é um número muito significativo. O que esperar das bodas de ouro?

Talvez a Francal seja a feira mais antiga do setor de calçados no mundo. A China tem feiras de 20, 30 anos. Na Alemanha, existia a GDS, que terminou. Na Itália, a theMicam tem 84 edições, mas duas ao ano. Talvez a Francal e a Couromoda sejam as mais antigas do mundo. Mas temos de ser como vinho, quanto mais tempo de mercado, melhores temos de nos tornar.

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