Usaflex: sob nova direção

09.12.2016 - Redação Jornal Exclusivo
A Usaflex (Igrejinha/RS) encerra 2016 sob nova direção e com planos grandiosos para os próximos anos. A fabricante de calçados femininos com conforto vendeu 69% do controle de sua operação para a WSC Participações S.A., empresa controlada pelo fundo de Private Equity Axxon Group em parceria com o co-investidor Sergio Bocayuva.
A partir desta negociação, consolidada recentemente, a companhia passa a ter Sergio Bocayuva como CEO, além de dois novos diretores (Marcelo Cavalheiro e Mafaldo Jr.), todos ex-sócios do Axxon Group no Mundo Verde (rede de varejo de alimentação saudável), acrescentando à gestão da Usaflex experiência e know -how nos mercados de varejo e franquias.
Transição
Os atuais diretores da empresa, bem como seus fundadores, permanecem na operação, com destaque para o sócio-fundador Juersi Lauck, que se dedicará principalmente à área de P&D e às atividades inerentes à transição do novo time de gestão e à formação do novo Conselho de Administração da empresa.
Foto: Divulgação Sergio Bocayuva e Juersi Lauck
Sergio Bocayuva e Juersi Lauck
Plano estratégico para fortalecer canal de franquias
O objetivo dos novos acionistas e gestores é tanto ambicioso como desafiador. Tendo como plataforma uma empresa que manteve posição de mercado bastante estabilizada nos últimos três anos (a despeito de um ambiente macroeconômico extremamente adverso), os novos gestores planejam um crescimento acelerado para o futuro. Segundo Bocayuva, o plano estratégico está baseado na ampliação do perfil das consumidoras e maior ênfase na relação moda/conforto, suportado por investimentos em marketing e tecnologia, bem como no fortalecimento do canal franquias. “Nesse ponto, o objetivo é modernizar e transformar as 111 lojas fidelizadas, chegando a 340 unidades franqueadas no prazo de seis anos”, declara.
Segundo o executivo, haverá também investimentos em BI (Business Intelligence) e ferramentas de gestão para reforço e crescimento de market share no canal multimarca, inclusive através de iniciativas B2B específicas. Adicionalmente, o novo time de gestão pretende realizar investimentos na ampliação das plantas atuais, além da criação de outras duas unidades industriais. Com isto, a empresa deve saltar do atuais R$ 300 milhões de faturamento anual para em torno de R$ 750 milhões até 2022, dobrando o faturamento nas lojas multimarcas e elevando a participação do canal franquias para 35% das vendas totais.
CRESCIMENTO ACELERADO
Sergio Bocayuva destaca também que a Usaflex já tem um posicionamento consolidado no Brasil, com uma marca renomada e um público extremamente leal no segmento conforto, a nível nacional. Segundo ele, tal posição se deve a um modelo de gestão diferenciado, no qual executivos e colaboradores demonstram total comprometimento com valores como inovação, tecnologia, qualidade e sustentabilidade. A partir do investimento da WSC na empresa, serão também adotadas práticas de governança corporativa em linha com o modelo adotado por companhias de capital aberto.
Para Juersi Lauck, a entrada dos novos investidores não só irá fortalecer um processo de melhoria de governança, iniciado em 2013, como também possibilitará a injeção do capital necessário para suportar um crescimento acelerado da empresa. “A aquisição nos possibilitará aproveitar novas oportunidades de mercado, não descartando, inclusive, uma possível abertura de capital no futuro. Mas isso só deveria ocorrer num prazo estimado de cinco a sete anos, após o amadurecimento dos investimentos realizados e da retomada do varejo nacional”, finaliza.
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+ SAIBA MAIS
Sobre o Axxon Group: Fundado em 2001, o Axxon Group é um dos gestores de Private Equity líderes no segmento de médias empresas no Brasil. Atualmente, gere R$ 2,2 bilhões em ativos, dos quais aproximadamente R$ 1,2 bilhão disponíveis para novos investimentos. O Axxon busca investir sobretudo em posições de controle ou controle compartilhado em empresas com faturamento anual entre R$ 50 milhões e R$ 600 milhões, e que apresentem alto potencial de criação de valor (via crescimento e/ou melhorias operacionais). Usualmente, o investimento do grupo por empresa ficará entre R$ 70 milhões e R$ 350 milhões.

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