SP: varejo mostra reação em junho

29.08.2016 - Redação Jornal Exclusivo
Cenário pode melhorar, já que resultado representa reação após meses de contrações fortes e diminuição da tendência de queda Diminuiu a tendência de queda das vendas do varejo paulista em junho, o que leva a crer que o cenário pode começar a melhorar para o setor. A conclusão está no Boletim número 26 da pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O volume de vendas do varejo ampliado recuou 10,5% sobre junho de 2015, uma retração menor frente ao desempenho de maio de 2016 (-12,9%), na mesma base de comparação. O varejo ampliado inclui automóveis e material de construção. No varejo restrito - sem esses dois segmentos - a reação foi maior, já que as quedas foram de 10,4% em junho e de 14% em maio. O resultado é uma primeira reação após sequência de meses de contrações mais fortes.
“Os dados do primeiro semestre do ano continuam a refletir a aguda crise que atinge o varejo paulista, relativamente mais intensa do que no resto do Brasil, devido ao enfraquecimento da indústria. Contudo, o arrefecimento das quedas dos volumes vendidos pode indicar que começa a ter início modesta recuperação, porém ainda no campo ainda negativo”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele pondera que, mesmo assim, as contrações atingem todas as regiões paulistas e segmentos, até mesmo aqueles vinculados ao consumo mais essencial, como supermercados e farmácias.
Semestre
A pesquisa ACVarejo também revela que, no primeiro semestre de 2016, as vendas nos varejos ampliado e restrito acumulam quedas de 6,4% e de 6,8%, respectivamente, sobre igual período de 2015. Já na variação de 12 meses terminados em junho de 2016 as reduções foram de 6,5% no ampliado e de 5,8% no restrito.
Setores
Em junho houve contrações no volume de vendas dos nove segmentos analisados no varejo ampliado do Estado, sendo que as mais acentuadas foram de lojas de móveis e decorações (-22,6%), concessionárias de veículos (-22%) e lojas de material de construção (-15,2%). “A crise do varejo paulista, assim como a que aflige todo o País, se explica pelas quedas da renda, do crédito e do emprego, mantendo a confiança do consumidor em níveis reduzidos e diminuindo a disposição para comprar”, avalia Burti.

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