Não há unanimidade na Francal. A feira, que ocorreu entre os dias 26 e 29 de junho, nos pavilhões do Anhembi, em São Paulo/SP, teve uma visitação reduzida, mas quem participou aproveitou para fechar negócios e se abastecer de informação, outra tônica desta 48ª edição. Entre os fabricantes, houve quem saiu festejando um dos melhores desempenhos dos últimos anos e quem lamentasse o resultado. Presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala acredita que o evento atendeu as expectativas e aquele expositor que apresentou coleções de qualidade e investiu em marketing alcançou seus objetivos. Para 2017, de casa nova – a feira sai do Anhembi para ocupar o Expo Center Norte – a expectativa é estar ainda mais adequada às necessidades do mercado. “Foi uma feira alegre, leve, que se propôs a reconquistar a confiança. Acredito que propiciamos isso”, resume Abdala.
As marcas Lia Line e Sua Cia (São João Batista/SC), por exemplo, consideram os resultados obtidos dentro de uma normalidade. “Nós acreditamos e investimos na Francal. Já apresentamos reforços de verão e os produtos agradaram bastante”, considera o diretor de Produto, Juliano Schmidt. Segundo ele, a empresa veio preparada para fechar pedidos e isso, de fato, aconteceu. “Nós vendemos bem e podemos perceber que isso tem a ver, também, com o momento do mercado; todos estão mais otimistas”, opina.
Gerente comercial da região de São Paulo, Paulo Quim trabalha na Kidy (Birigui/SP) e afirma que bons pedidos foram tirados durante a mostra. “Tudo esteve dentro da nossa previsão. Apresentamos algumas novidades, como os tênis que vêm com brinde para o Dia da Criança, e tudo foi aprovado”, argumenta. O fator crise, para Quim, desapareceu. “Ninguém ficou reclamando. Acho que o setor percebeu que é preciso trabalhar, ter foco e que não adianta ficar falando em dificuldades econômicas”, aponta o gerente. “A maior parte das pessoas que entraram em nosso estande fez pedidos”, reforça.
Abaixo das expectativas
A Petite Jolie (Campo Bom/RS) decidiu, de última hora, participar da Francal. Segundo a gerente comercial Tatiane Cristófoli, a marca não havia participado na edição anterior (2015), mas, neste ano, retornou com um estande menor. “Para nós, a visitação da feira como um todo foi menor do que estávamos acostumamos”, pontua, ressaltando que a mostra, como um todo, está com um tamanho reduzido. “Não podemos reclamar, pois, como pegamos um estande menor, até tivemos que atender as pessoas nos balcões. Mas não podemos usar isso como parâmetro”, observa. A marca abriu novos clientes, mas, para Tatiane, não foi nada muito expressivo. “No entanto, não estamos desanimados. Fizemos bons negócios”, finaliza.
Lojistas
Para a proprietária das três lojas da União Calçados (Teresina/PI), Iraneide Reduzino Souza, a feira foi muito proveitosa. “Percebemos que ela está menor, mas conseguimos fazer boas compras”, assinala. De acordo com ela, a Francal não deixou a desejar; sua única ressalva fica por conta de algumas empresas: “Senti falta de determinadas marcas”, argumenta. No entanto, ela nem conseguiu visitar todas as empresas com as quais trabalha. “Ao todo devemos trabalhar com cerca de 30 empresas que estavam aqui, mas conseguimos visitar apenas umas 15”, comenta.
