O 25º SICC - Salão Internacional do Couro e do Calçado termina como reflexo de um novo ânimo no mercado. Expositores e lojistas, em sua maioria, mostraram-se satisfeitos com as possibilidades e os negócios realizados durante a mostra gaúcha que ocorreu entre os dias 23 e 25 de maio. Produtos de qualidade e facilidades como prazo e descontos especiais agradaram varejistas de todo o Brasil. Quem visitou a feira, comprou. Entre os fabricantes, o que se ouviu foram elogios ao SICC e cumprimento ou até superação de metas pré-estabelecidas.
A Beira Rio (Novo Hamburgo/RS), por exemplo, comercializou 80% mais do que na edição de 2015. O salto nas vendas é explicado pelo diretor da Divisão Feminina, Luiz Vanderlei Heidrich: “Trouxemos propostas com custo-benefício atrativo, ou seja, produtos diferenciados e com boa percepção de valor.”
A Rafarillo (Franca/SP), que produz cerca de 5 mil pares de calçados masculinos diariamente, também sai da feira satisfeita. A gerente nacional de Vendas, Elena Cazarin, explica que impôs uma meta considerada alta para sua equipe. “Na convenção realizada antes da mostra, eles se assustaram com os números, mas no segundo dia muitos já tinham alcançado seus objetivos”, revela. Ela explica que todos os representantes da marca conseguiram bater as metas individuais previstas e que os objetivos em equipe também foram superados. “A feira foi excelente e é uma das mais importantes para nós”, avalia.
O representante comercial da Dakota (Nova Petrópolis/RS), Gilmar Ramos, é outro que comemora os resultados. “Vendi mais nesta feira do que nas duas do ano passado”, relata ele – que atende clientes do interior do Paraná –, referindo-se ao SICC e à Zero Grau de 2015.
Para a Piccadilly (Igrejinha/RS), esta foi a melhor feira dos últimos tempos. “Ninguém falou em crise. Parou-se de olhar para trás”, comemora o gerente de Vendas André Schilling. Na opinião dele, até o frio que fez em Gramado/RS ajudou. “Tinha clientes para atender e não liberava mesa no estande”, pontua.
Lojistas
Empolgação é a palavra que melhor define o depoimento da varejista do Recife/PE Rejane Mahon, que tem três lojas chamadas Florenzzi. Embora sempre visite a mostra, ela se diz encantada com esta edição. “Encontrei preço bom e qualidade. Estou muito feliz de ter vindo”, disse ela, contando que conseguiu descontos de até 4% em mercadorias e que poder unir negócios e turismo é muito bom.
Quem também sucumbiu à tentação de preços mais baixos foi o casal Claudia e Leandro Aguire, da Duda Calçados (Viamão/RS). Com a possibilidade de economizar 15%, a ideia inicial de não comprar na feira foi abandonada. “Como encontramos ótimos negócios, fizemos pedidos”, sintetiza o empresário.
Já Camila de Andrade, que tem três lojas Via Shop em Franca/SP, elogiou as coleções. Ela, que vende calçados femininos da marca própria, Rafaela Salomão, pretendia negociar no SICC a produção de aproximadamente 4 mil pares para abastecer suas lojas.
